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19 de outubro de 2020“Viver a Fé” destaca a Catequese em terras de missão
Dando continuidade à reflexão sobre a missionariedade da Igreja, o programa Viver a Fé em tempos de distanciamento social desta semana abordou o tema: “Catequese em terras de missão”.
A temática foi aprofundada pelo diácono Antunes Mario Taibo. Ele fez um relato de sua formação, de sua experiência missionária em terras brasileiras e também sobre a realidade da catequese em Moçambique, seu país de origem. Antunes Mario reside no Rio de Janeiro. É bacharel em filosofia e ciências da religião, graduando em teologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) – Rio de Janeiro. É também o coordenador de Catequese da paróquia São José e Nossa Senhora das Dores-RJ.
O encontro também contou com a mediação da representante do Serviço de Animação Bíblico-Catequética da Diocese de Caçador, Regiane Dutra Freire.
O diácono Antunes começou sua fala contando a sua experiência no Brasil, desde 2015. Desde então já esteve em várias dioceses, municípios, conhecendo, aprendendo novas culturas e se dedicando a anunciar o evangelho. “Desde que cheguei ao Brasil percebo algo bonito com relação à missão. Um aspecto que me chama bastante a atenção são os temas que o Ano Litúrgico nos proporciona no Brasil, especialmente nos meses de agosto, setembro e outubro, quando somos convidados a refletir sobre nossa vocação, a vida do povo, da Igreja, da liturgia e da evangelização. Tudo isso ajuda a enriquecer a vida de fé das pessoas que aqui moram e também daqueles que vem fazer essa experiência de missão no Brasil”, disse.
Outubro, o mês das missões
Sobre outubro, o mês dedicado às missões, o diácono lembrou que a cada ano é proposto um tema que reflete sobre a realidade do povo, dos pobres e excluídos. “A vida é missão” é a temática de 2020, que tem como lema: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8).
“A vida como missão é uma proposta que todos nós somos convidados a seguir. A frase do papa Francisco que nos desafia a ser uma ‘Igreja em saída’, traz alguns elementos fundamentais para elucidar a importância da missão. O que Deus espera de nós para que essa missão seja contínua”, salientou.
Catequese em terras de missão
Para Antunes Mario, em cada lugar devemos estar dispostos a assumir uma missão. “Na medida em que uma atividade produza frutos bons e tenha a ver com a preocupação aos mais pobres e excluídos, sabemos que estamos realmente vivendo a nossa missão”, disse.
Sobre a realidade da evangelização em Moçambique, o diácono relatou que a Igreja de lá vive os mesmos ensinamentos de Jesus, se constrói com as orientações do papa Francisco e professa a mesma fé da Igreja Universal Católica. “Para entendermos a catequese de Moçambique, devemos lembrar primeiramente que o país teve a mesma influência portuguesa que teve o Brasil. Moçambique viveu um momento conturbado na questão da evangelização. O governo não queria aceitar os missionários e muitos foram expulsos e até mortos. Mas os que resistiram continuaram a guiar as pequenas comunidades. A partir daí podemos perceber onde e como se desenvolve a catequese de Moçambique”, contou.
Recordando seu processo na iniciação à vida cristã, o diácono contou que a catequese na maior parte do país acontece ao ar livre. “Os encontros são realizados 80%, 90% das vezes, embaixo de árvores, contemplando a natureza. A partir do lugar que o Senhor nos oferece podemos aprender, somos instruídos com a Palavra de Deus. Lembrando que a primeira catequese é na família, a instrução dos pais que também está baseada na cultura do povo”, relembrou.
Desafios para ser missionário
Conforme Antunes Mario, um dos grandes desafios para ser missionário em Moçambique é a questão da formação. “Muitas vezes a pessoa não tem consciência do que vai fazer depois da formação, por isso, nem quer viver essa experiência. Outro grande desafio diz respeito à precariedade, as condições de vida da população e dos instrumentos que temos à disposição para realizar essa evangelização. Mas, apesar dos problemas financeiros, a missão precisa ser permanente”, comentou.
Outro obstáculo muito presente nos caminhos da missão em Moçambique, de acordo com o diácono é a dificuldade das comunidades e paróquias receberem e ofertarem os sacramentos. “Porque não têm padres, não têm missionários, não tem ninguém para administrar. Desta forma, catequistas, animadores ou uma pessoa da comunidade acaba assumindo algumas tarefas, com exceção daquelas que sejam administrar os sacramentos”, relatou.
Para ele, ser missionário não é fácil, mas, como batizados precisamos dar uma resposta. “A missão não é só sair, viajar. A missão está ali onde estamos inseridos. Se sentimos essa vontade de ir além daquilo que fazemos é só nos lançarmos a esse desafio. É uma felicidade quando a pessoa se doa com gratuidade e aprende com sua missão”, declarou.
“A experiência que estou tendo no Brasil, nesses cinco anos de formação é humanamente e espiritualmente de uma grande alegria. A caminhada ainda é longa e será cheia de desafios e dificuldades, mas, tudo isso faz com que minha preparação para a vida religiosa e para o ministério sacerdotal seja mais completa”, concluiu.
Assista a live completa:
Programa Viver a Fé em tempos de distanciamento social
É HOJE!!! No programa Viver a Fé em tempos de distanciamento social desta noite, seguimos refletindo sobre a importância da ação missionária.Nosso assessor será o religioso passionista Antunes Mário Taibo e a temática abordada será: "Catequese em terras de missão". Ele fará uma explanação sobre a realidade da catequese em Moçambique e em terras brasileiras. Antunes Mário é diácono e atualmente reside no Rio de Janeiro. É bacharel em filosofia e ciências da religião, graduando em teologia pela PUC-Rio. Atualmente, é também o coordenador de Catequese da paróquia São José e Nossa Senhora das Dores-RJ. A mediação ficará por conta da representante do Serviço de Animação Bíblico-Catequética da Diocese de Caçador, Regiane D. Freire.Participe enviando suas dúvidas ou comentários.ESPERAMOS VOCÊ ÀS 20H15!
Publicado por Diocese De Caçador em Quarta-feira, 14 de outubro de 2020