A Diocese de Caçador esteve presente na 35ª Semana Nacional de Liturgia realizada de 16 a 20 de outubro em Indaiatuba, São Paulo, no Mosteiro de Itaici.

Ana Letícia Zanini que faz parte da Comissão Diocesana de Liturgia e Leonardo Tasca Woitog,  além de representarem a Diocese, representaram também o Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com o padre Claudir Meoti da Diocese de Chapecó. 

A Semana Nacional teve por tema “Sacrosanctum Concilium 60 Anos: Sentido Teológico Espiritual na Perspectiva da Desiderio Desideravi”. O encontro é organizado pelo Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard e a Rede Celebra. 

Nesta edição,com a celebração dos 50 anos da Revista de Liturgia,  a atividade foi ocasião de festa, uma festa que contou com a presença das irmãs Pias Discípulas e a Irmã Ione Buyst co-fundadora tanto da Revista de Liturgia quanto da Semana Nacional. 

Durante a semana foram abordados aspectos da vida de teólogos como a irmã Ione Buyst, Romano Guardini e padre Gregório Lutz. Esses teólogos trouxeram importantíssimas contribuições para a renovação da vida litúrgica da Igreja. Papa Francisco cita Romano Guardini na Desiderio Desideravi a partir da sua obra Formação Litúrgica, a qual foi escrita muitos anos antes do Concílio Vaticano II, mas já expressava aquilo que mais tarde seria revisitado no Concílio e explana sua preocupação em formar as pessoas ressaltando a importância da formação litúrgica.

Irmã Ione escreveu inúmeros livros, além de suas incontáveis contribuições na Igreja do Brasil como a técnica do Laboratório litúrgico. Já padre Gregório Lutz foi um importante teólogo do Pós-Concílio no Brasil e sua vida ficou registrada no livro Liturgia: Vida e Obra de Gregório Lutz. 

Segundo Ana Letícia, o encontro também propiciou profundas reflexões sobre todas as coisas que acontecem através do corpo. “Por isso firmamos em nosso corpo através de três vivências, recortes da liturgia que nos fizeram sentir o momento de fato. As vivências foram: a entrega da veste batismal aos catequizandos adultos; a procissão da comunhão até o altar e o anúncio do Aleluia Pascal. Todas foram embasadas na terceira edição do Missal Romano, momento este que pudemos vivê-lo , além de refletir sobre as mudanças da segunda para a terceira edição”, destaca.

Para aprofundar melhor o assunto, abriu-se uma mesa redonda para se falar da nova edição do Missal Romano com diversas percepções. Uma delas foi da Irmã Pia Discípula, Emannuela Vivano, italiana que explanou suas perspectivas com a tradução de Roma e como foram feitas as formações com a chegada da nova versão do livro. A outra foi do padre Gabriel que veio de Barcelona, Espanha, identificando a forma com que o povo recepcionou a terceira edição. 

Contribuições

• De que forma os conhecimentos e as partilhas vivenciadas no encontro podem contribuir com a liturgia na nossa diocese?

A partir desse momento conseguiremos contribuir para que o povo vivencie também, através dos laboratórios litúrgicos (vivências), cada parte da celebração durante todo o ano litúrgico, trazendo mais conhecimento, além de ser algo mais palpável para o entendimento, saindo do lúdico e indo para a ação. O conhecimento adquirido, as experiências vivenciadas poderão ser transmitidas através das formações que a Comissão de Liturgia assessora, visto que o conhecimento foi repassado para a mesma em reuniões, permitindo que o maior número de pessoas consiga ter acesso a essa experiência. 

• Como foi a experiência de  participar desta atividade tão importante em nível nacional?

Para nós foi uma grande responsabilidade pois foi o primeiro evento a nível nacional em que nós dois participamos. Estar representando a nossa diocese é motivo de honra e bênção, já que amamos o povo da terra do Contestado e nos sentimos  orgulhosos de fazer parte dessa gente batalhadora e que nunca perdeu a fé. Estar presente em um evento com tanto aprendizado também é um privilégio que fortalece ainda mais nossa fé e entusiasmo.

Ana Letícia Zanini 

Pela Comissão Diocesana de Liturgia