Diocese de Caçador passa a fazer parte da Província Eclesiástica da nova Arquidiocese de Chapecó

IV Seminário Diocesano de Liturgia e Catequese: Um Encontro de Formação e Reflexão sobre Música Litúrgica
29 de outubro de 2024
2º Conselho Regional de Pastoral tem como Tema Central a Cultura Vocacional
8 de novembro de 2024
IV Seminário Diocesano de Liturgia e Catequese: Um Encontro de Formação e Reflexão sobre Música Litúrgica
29 de outubro de 2024
2º Conselho Regional de Pastoral tem como Tema Central a Cultura Vocacional
8 de novembro de 2024

Diocese de Caçador passa a fazer parte da Província Eclesiástica da nova Arquidiocese de Chapecó

Assumindo sua posição de referência regional da Igreja Católica no meio-oeste catarinense, a Diocese de Caçador foi elevada à condição de Diocese em 23/11/1968, pela Bula “Ut suorum fi delium” do Papa Paulo VI, desmembrada da Diocese de Lages. 

Agora, com a criação das Arquidioceses de Joinville e Chapecó, anunciadas nesta terça-feira (05) pelo Papa Francisco e pela CNBB Sul 4, a Diocese de Caçador passa a fazer parte de uma diocese sufragânea diferente, ou seja, a Diocese se torna parte de uma estrutura hierárquica na Igreja Católica vinculada a uma arquidiocese metropolita. Antes divisão eclesiástica sufragânea da Arquidiocese de Florianópolis, a Diocese de Caçador passará a ser sufragânea da Arquidiocese de Chapecó, juntamente com as Dioceses de Lages, Joaçaba e Chapecó

Neste contexto, a arquidiocese criada passa a ser chamada de sede metropolitana, e a província eclesiástica inclui a arquidiocese metropolitana e suas dioceses sufragâneas, como é o caso de Caçador. O Bispo de Caçador, Dom Cleocir Bonetti, vice-presidente do regional Sul-4 da CNBB, mantém sua atividade dentro da Diocese.  Dom Odelir José Magri, MCCJ, foi nomeado arcebispo de Chapecó, e dom Francisco Carlos Bach nomeado arcebispo de Joinville. Ambos detêm poderes episcopais em suas próprias arquidioceses e possuem jurisdição limitada sobre as dioceses sufragâneas, conforme estabelecido pelo Direito Canônico. 

Essas mudanças ajudam a reforçar a unidade e a cooperação entre as dioceses em uma região, permitindo que cada uma mantenha sua autonomia interna, mas também promovendo uma ação conjunta em nome da fé e da missão da Igreja. Com as alterações, Santa Catarina passa a ter três Arquidioceses e Províncias Eclesiásticas. As mudanças ainda não tem data para entrar em funcionamento, mas devem ficar para 2025. 

Confira a seguir como era a divisão das Dioceses na CNBB Regional Sul-4, e como ficou:


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dom Cleocir Bonetti comenta sobre o impacto das alterações para a Diocese, e o que isso representa para atuação da Igreja Católica: 

“Santa Catarina tinha apenas uma província eclesiástica, contendo as dez dioceses. Agora com a criação de outras duas arquidioceses, outras duas províncias eclesiásticas, nós temos uma configuração diferente. Significa que pertencendo a uma outra província eclesiástica nós vamos ter elementos organizativos e pastorais que vão estar mais relacionados com as realidades da nossa diocese, até porque a nova configuração traz presente que as dioceses de Caçador, Lages, Joaçaba e Chapecó vão formar uma província eclesiástica onde serão tratados e discutidos elementos pastorais administrativos, organizativos da nossa realidade, e isso facilita, dinamiza, otimiza toda essa dimensão pastoral, que é realmente o grande ganho”, lembra ele.  

Razão da Escolha por Chapecó e Joinville

No Direito Canônico da Igreja Católica, uma diocese é elevada à categoria de Arquidiocese devido a sua importância geográfica, histórica e cultural. A escolha por Chapecó e Joinville aconteceu porque são as duas maiores cidades entre as várias dioceses da nova província constituída.  

Confira os principais pontos relativos à mudança da Província Eclesiástica: 

Autoridade e Unidade Eclesial

  • A diocese sufragânea reconhece uma certa autoridade do arcebispo metropolitano, embora essa autoridade seja limitada. O arcebispo não governa diretamente a diocese, mas tem um papel de unidade e coordenação em algumas questões. Ele pode, por exemplo, atuar em disputas locais ou como representante em assuntos importantes na província.
  • O arcebispo metropolitano também tem a responsabilidade de supervisionar o trabalho pastoral, ajudando a assegurar que as diretrizes e os ensinamentos da Igreja sejam bem seguidos em toda a província.

Encontros e Sinodalidade

  • As dioceses sufragâneas participam com a arquidiocese em sínodos provinciais e outras reuniões, discutindo questões comuns e promovendo uma ação pastoral mais coordenada. Esses encontros facilitam o compartilhamento de recursos, ideias e estratégias para melhor atender as necessidades pastorais da região.

Participação em Decisões Comuns

  • As dioceses sufragâneas têm uma relação de maior proximidade com a arquidiocese metropolitana e podem ser consultadas em decisões de relevância regional. Além disso, o arcebispo metropolitano pode ser convocado pelo Papa para consultas sobre as dioceses sufragâneas, o que ajuda o Vaticano a entender melhor a situação de cada região.

Visita Ad Limina Apostolorum

  • Durante a tradicional visita ad limina ao Vaticano, onde os bispos apresentam relatórios sobre suas dioceses ao Papa, as dioceses sufragâneas geralmente participam como parte da província eclesiástica. Esse vínculo dá uma coesão maior às questões apresentadas à Santa Sé.

Simbologia e Hierarquia Litúrgica

  • A relação metropolitana e sufragânea é visível também na liturgia. O arcebispo metropolitano usa o pálio, um símbolo de unidade e autoridade que lhe é dado pelo Papa, indicando seu papel de líder na província.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

X