“A missão se sustenta na fé e no amor”, diz Frei Maxes Estinvil

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“A missão se sustenta na fé e no amor”, diz Frei Maxes Estinvil

Encerrando a reflexão sobre o Mês Missionário Extraordinário, celebrado em outubro, o Programa Viver a Fé em tempos de distanciamento social desta semana trouxe mais uma partilha com a temática dos relatos missionários.

A conversa teve a participação do Frei Maxes Estinvil. Vindo do Haiti, Frei Maxes recentemente recebeu a ordem do ministério diaconal. Antes disso, passou por experiências missionárias na Republica Dominicana, onde realizou parte de seus estudos, no seu próprio país de origem, o Haiti e no Brasil, onde reside atualmente em Porto Alegre. Por meio de sua grande convivência com missionários estrangeiros, Frei Maxes ajudou-nos a compreender melhor os desafios da missão e a conhecermos a missão sob o ponto de vista de quem a recebe.

A live contou mais uma vez com mediação do padre Renato Caron que a partir de seus testemunhos missionários também propôs reflexões e ajudou a conduzir esse momento de partilha.

Convivendo com Frei Maxes no Haiti, padre Renato destacou a grandeza de sua generosidade ao pensar mais no outro do que em si. “Deixou de fazer a teologia que era o caminho natural da formação dele, para trabalhar na formação inicial dos frades Capuchinhos no Haiti, isso demonstra um grande coração. Aí já começa a missão”, afirmou.

A generosidade que começa em casa

Frei Maxes começou falando sobre como sentiu a vocação religiosa lhe chamar. Meu pai tinha um amor particular por mim. Ele era marceneiro e queria que eu fosse também um marceneiro profissional. De 1997 a 2000, aconteceu no Haiti um grande evento de evangelização para a preparação do Júbilo de 2000 nas comunidades. Durante uma semana de missão, tive a oportunidade de conhecer dois seminaristas que vieram fazer missão na capela da comunidade onde eu nasci. Meu pai pediu a eles que o ajudassem a encontrar uma boa escola profissional para que eu pudesse estudar para ser um bom marceneiro. Tinha uma escola na qual estudei por um tempo. No segundo ano, eu disse para o meu pai que queria ser padre. Ele achou que fosse brincadeira e eu respondi que era verdade. Então, ele me disse: meu filho, se é isso que você quer, eu te apoio”, conta.

Conforme o diácono, no Haiti, a cultura é que os pais invistam tudo nos filhos, com a esperança de serem reconhecidos e ajudados mais tarde. “Eu disse a meu pai que ele não teria nenhum retorno nesse sentido, mesmo assim, ele me respondeu: “filho onde estiver seja feliz, que eu também estarei feliz”. Essas palavras me marcaram e com certeza aprendi muito com isso, sabia que tinha uma missão”, relembrou.

A missão se sustenta na fé e no amor

Para o Frei Maxes, a missão pensada por ele é uma questão de fé e amor. “Sem essas duas coisas, a missão não se sustenta. O amor e a fé que Deus planta na vida da gente chamam para a missão”, disse.

Outra característica que o missionário precisa ter é a simplicidade. “A partir das experiências que tive na Republica Dominicana e depois no Brasil, experiências que me fortaleceram muito, posso dizer que a simplicidade é essencial para qualquer missionário”, ressaltou.

O desafio da inculturação

Para o Frei Maxes, evangelizar é inculturar. “Talvez o maior desafio de um missionário seja o choque cultural. Não podemos deixar que as diferentes culturas se tornem algo ruim, ou causem problemas. Ao contrário, temos que tornar as diferentes culturas positivas para a prática da missão e da evangelização. É isso que Jesus faz também caminha junto, parte o pão”, salientou.

Neste sentido, o padre Renato completou que é preciso respeitar as culturas colocando-as sob a luz do evangelho para sermos melhores como cidadãos. “Quando partilhamos a riqueza da minha cultura, com a riqueza da sua cultura e colocamos sob a luz do evangelho, vemos que temos um belo caminho a fazer juntos, para aprender as coisas mais profundas do amor. É nisso que a missão é linda em qualquer lugar do mundo”, concluiu.

Assista a entrevista completa:

https://www.facebook.com/diocesedecacador/videos/734041767212271

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