Peregrinos fazem caminhada de 37 quilômetros até o Santuário Nossa Senhora de Fátima em Fraiburgo

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Peregrinos fazem caminhada de 37 quilômetros até o Santuário Nossa Senhora de Fátima em Fraiburgo

 

Pela quarta vez, peregrinos percorreram um trajeto de 37 quilômetros de Caçador até o Santuário Diocesano Nossa Senhora de Fátima, Mãe dos Pobres, em Fraiburgo. O grupo que nasceu pequeno com poucos integrantes foi ganhando adeptos nesta última caminhada e contou com a participação de 20 pessoas.

A Caminhada da Fé, foi realizada no dia 11 de maio. Os participantes saíram às 6h30 de frente do portão da Epagri e chegaram ao destino às 15h30. Foram nove horas de percurso, com paradas para refeição e descanso. Durante o caminho, os peregrinos puderam contemplar as belezas das paisagens do interior, respirar o ar puro da natureza, partilhar a vida e vivenciar momentos de espiritualidade e fé.

A motivação para concluírem o trajeto foi Nossa Senhora de Fátima que esteve presente em muitos momentos da vida dos participantes. Ao chegarem ao Santuário os peregrinos foram recepcionados com a frase: “Pede à Mãe que o filho atende”, escrita em um dos ambientes do espaço religioso. Além de vencerem um desafio do corpo, o grupo vivenciou algo profundo em termos de fé.

A caminhada também foi um momento de preparação para a Romaria ao Santuário Diocesano Nossa Senhora de Fátima que acontece no próximo domingo (19).

Dois dos integrantes da caminhada deixaram seus testemunhos desta linda experiência.

“Eu e meu esposo temos devoção por Nossa Senhora de Fátima desde 2013, quando ele foi diagnosticado com um câncer no intestino sendo operado no dia 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima. A partir daquele dia diversos fatos nos deram a certeza de que ela estava junto a nós, nos nutrindo de fé e conduzindo a cura. Ano passado, ao se aproximar do dia 13 de maio, conversei com a Juliane (uma das organizadoras da caminhada) sobre o caminho para o santuário e demonstrei nosso desejo de percorrer o trajeto como forma de agradecer pela cura. Ela imediatamente se prontificou a ir junto e em seguida já tínhamos mais três pessoas que nos acompanhariam. Neste ano, assim que definimos a data de 11 de maio, diversas pessoas conhecidas quiseram nos acompanhar e foi muito linda a nossa peregrinação. Nossa gratidão a Nossa Senhora de Fátima é eterna e enquanto tivermos condições físicas de caminhar até ela, nós o faremos”.

Vilmar e Arline Carneiro

 “Minha experiência com caminhada (peregrinação) começou quando morei em Pouso Alegre, Minas Gerais entre os anos de 2017 e 2019. Na região existem inúmeros grupos que fazem a peregrinação até o Santuário de Aparecida, em São Paulo, em um trajeto de aproximadamente 180 quilômetros, realizados em cinco dias. Então me convidaram e confesso que aceitei por curiosidade. Em setembro de 2018 juntamente com um grupo de 19 homens partimos rumo a casa da Mãe Aparecida. Já no primeiro dia após 25 quilômetros de caminhada comecei a sentir muita dor do lado externo do meu pé direito, era uma dor muito forte que não conseguia colocar o pé no chão, então tive que seguir na peregrina (nome do nosso carro de apoio) até nosso local de descanso. No segundo dia, além de meu pé estar muito inchado, a dor só aumentava, pouco pude caminhar e tive que seguir na peregrina. No terceiro dia ainda com o pé muito inchado e sentindo dores não perdi a esperança de chegar caminhando junto com meus companheiros, saímos da pousada rezando o terço.

Ao terminar o terço eu peguei o andor com a imagem de Nossa Senhora Aparecida e segui caminhando e rezando sozinho, pedindo a intercessão de Nossa Senhora Aparecida para que eu conseguisse chegar em Aparecida andando. Então a dor começou a passar e meu pé foi desinchando mesmo num trecho de descida de serra por trilhos de trem, então pude terminar o terceiro dia da caminhada andando e sem dor. No quarto e no quinto dia continuei a caminhada junto com meus companheiros, chegando à casa da mãezinha sem dor e nem inchaço no pé. Após a volta para casa, fui ao médico fazer exames e foi constatado que eu tive uma lesão nos tendões abaixo do tornozelo. Ao questionar o médico sobre como explicar meu pé ter parado de doer e desinchado andando ele me falou: “a ciência não tem como te responder”. Após essa romaria, já fiz mais três de Pouso Alegre até Aparecida e nunca mais senti nada no meu pé. Aqui em Caçador foi minha primeira experiência, após receber um convite do meu amigo Lenir, e como nas anteriores que já realizei foi uma benção compartilhar esse momento de fé e gratidão com todos os companheiros. Quando me perguntam qual a sensação de fazer uma romaria, apenas respondo que não existem palavras para explicar, apenas vivenciando para saber, a sensação de avistar o Santuário após a última curva do caminho é única. Sou de Nossa Senhora e não desisto nunca, nunca, nunca”!

William Taborda Aygnes

 

 Texto: Elaine Karch de Almeida/Pastoral da Comunicação

Fotos: Arquivo pessoal dos participantes da caminhada

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