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O Santuário Diocesano Nossa Senhora de Fátima de Fraiburgo recebeu no último domingo (05), o retiro diocesano da Pastoral da Saúde. O encontro teve início com um café da manhã compartilhado e saudação aos participantes na capela pelo padre André Luiz Giombelli, referencial eclesiástico da Pastoral, pela coordenadora diocesana Claudete Zornitta Ciota e pela coordenadora do grupo de Fraiburgo, Irene Peretti. Em seguida, houve a apresentação por grupos. Cada participante falou seu nome, o grupo de onde vinha e o tempo de atuação na Pastoral da Saúde. Fez-se notar uma grande diversidade, especialmente no tempo de atuação, com agentes atuantes há mais de 30 anos e outros ingressando há poucos meses.
Padre André conduziu a reflexão da manhã lembrando que aquele domingo era especial por ser o da transfiguração de Jesus. Também fez um breve relato sobre a vinda dos Camilianos ao Brasil em 1922 e ao município de Iomerê, em 1935. “São Camilo ficou órfão de mãe aos 13 anos e como o pai era militar levava-o junto aos combates. Aos 17 anos também perdeu o pai. Por essa época, apareceu-lhe uma ferida no peito do pé direito. Ele não a cuidou e se transformou numa chaga. Anos mais tarde, quando começou a sentir o desejo de mudar de vida, ingressou no convento franciscano e chegou a receber o hábito. Mas a veste machucava a ferida, obrigando-o a procurar tratamento médico. Como não sarava, foi dispensado do convento. Foi quando então, ao buscar tratamento para si, começou a ajudar nos hospitais. A ferida o levou a cuidar dos outros”, recordou padre André, comparando São Camilo de Léllis aos agentes da Pastoral da Saúde, que, juntamente com todos os profissionais da área são curadores feridos.
Contextualizando com o Ano Vocacional celebrado em 2023, com o tema: Vocação: Graça e Missão e o lema: “Corações Ardentes, pés a caminho” (cf.Lc 24,32-33), padre André destacou que a vocação dos agentes da Pastoral da Saúde é uma graça. ”Foi Deus quem nos chamou para a missão transfiguradora da Pastoral da Saúde que também participa da missão salvadora de Jesus”, afirmou.
Ele contextualizou também a missão da Pastoral da Saúde com o caminho sinodal, citando a mensagem do Papa para o Dia Mundial do Doente de 2023. Nela, Francisco desenvolve a ideia da compaixão como exercício sinodal de cura. “Uma das experiências frequentes e muito presentes, seja na vista aos doentes, seja noutros atendimentos realizados pelos agentes da Pastoral da Saúde, é aquela da escuta. Na maior parte das vezes, os doentes que encontramos precisam apenas ser escutados”, destacou Pe. André.
Ao citar Viktor Frankl, neuropsiquiatria que dizia que há três aspectos da existência humana que não se pode evitar a culpa, o sofrimento e a morte, padre André enfatizou que podemos extrair da culpa a oportunidade de mudar a si mesmo para melhor, transformar o sofrimento numa conquista e numa realização humana, fazer da transitoriedade da vida um incentivo para realizar ações responsáveis. “Jesus nos toca para curar nosso sofrimento como fez aos discípulos dizendo: ‘não tenha medo, sejamos instrumentos de cura e compaixão’”, completou.
Após a reflexão, o retiro seguiu com almoço e na parte da tarde Via Sacra, Santa Missa e lanche.
“Estar com o doente é ter uma audiência privada com Jesus”.
Dom Helder Câmara