A Paróquia Cristo Redentor de Caçador acolheu na noite desta quarta-feira (13/04), a Missa do Crisma que é celebrada a cada ano em uma paróquia da diocese. Com a presença da comunidade, a celebração consiste na bênção dos Santos Óleos e na renovação das promessas sacerdotais por parte dos padres diante do bispo.

De acordo com o intuito da solenidade, para a unidade da família de Deus nos mesmos sacramentos, são abençoados, os óleos dos Enfermos e do Batismo e é solenemente consagrado o óleo do Crisma. É por meio destes óleos que o Espírito Santo sustenta fortalece e confirma cada um no serviço de Deus.

Nesta celebração, os sacerdotes também reafirmam o compromisso sacramental feito no momento da ordenação, para serem em cada paróquia, em cada comunidade, sinal do Cristo Bom Pastor, através dos três princípios: reger, ensinar e santificar.

Em sua homilia, o bispo diocesano de Caçador, Dom Cleocir Bonetti, voltou primeiramente suas palavras às famílias e comunidades que parecem estar cada vez mais divididas. “O grande risco do mundo atual, com sua múltipla e avassaladora oferta de consumo é uma tristeza egoísta, individualista que brota de um coração acomodado e avarento, da busca desordenada dos prazeres superficiais, da consciência isolada. O encontro que estamos vivenciando novamente, deve ser, de fato, sinal de comunhão”, refletiu.

Também falou dos tempos desafiadores para a Diocese de Caçador. “Como diocese estamos vivendo tempos de desafios, mas lembremos das palavras do papa Francisco: ‘Não tenhais medo’. Os desafios devem ser enfrentados como o boi, pelos chifres. É bom que haja os desafios, porque nos fazem crescer. São os sinais de uma fé viva, de uma comunidade viva que procura seu Senhor e mantém os olhos e o coração abertos”, ponderou.

Direcionando suas palavras ao clero e exaltando a presença dos padres Lydio Milani, com mais de 70 anos dedicados ao ministério sacerdotal e Luiz Pierdoná, primeiro pároco da Paróquia Cristo Redentor, Dom Cleocir salientou que as mãos ungidas por Cristo devem transmitir o toque divino e ser instrumentos de serviço, de doação e de partilha.

“Hoje queremos colocar nossas mãos à disposição do Senhor e que Ele nos tome novamente pelas mãos, nos conduza, nos oriente. Intensifiquemos nossas orações pelas vocações, pela paz, pela unidade e comunhão da nossa Igreja Diocesana, que o Espírito Santo continue iluminando nosso caminho sinodal e que Nossa Senhora de Fátima, nos 30 anos de Romaria, como mãe e mestra nos ajude a falarmos com sabedoria e ensinarmos com amor. Que São Francisco de Assis nos auxilie a vivermos intensamente o Tríduo Pascal. Entremos em profunda sintonia com o sofrimento de Jesus e sobretudo exultemos de alegria pela Sua ressurreição”, completou.

Fotos: Gustavo Henrique Guedes Fambomel

Texto: Elaine Karch de Almeida