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30 de novembro de 2021Memórias Culinárias Afetivas: Diocese de Caçador terá representante na etapa estadual do projeto
Com muita alegria, a Diocese de Caçador participa do projeto “Memórias Culinárias Afetivas”. A iniciativa pretende resgatar histórias e registros de Memórias Culinárias e da cultura alimentar das Pessoas Idosas acompanhadas pela Pastoral da Pessoa Idosa (PPI). É fruto de uma parceria entre a (PPI) e o Departamento de Nutrição e Saúde da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais.
Conforme a coordenadora da PPI na Catedral São Francisco de Assis, Cleide Regina John Morona, a proposta surgiu no contexto da pandemia em que o distanciamento social, por um lado necessário para evitar a contaminação pela COVID – 19, por outro lado, tem impactado negativamente na saúde física e, em especial, emocional, da população idosa. “Esse projeto tem o intuito de contribuir para que os idosos acompanhados pelos líderes da PPI tenham momentos prazerosos ao recordarem histórias de vida significativas, que remetem à convivência, às tradições familiares e comunitárias, à sua identidade e ao afeto, a partir da cultura alimentar e da culinária. Pretende contribuir, ainda para que a lembrança e o registro dessas histórias produzam resiliência e confiança em dias melhores”, comenta.
Desde o período de março de 2020 a (PPI) teve sua dinâmica de acompanhamento da Pessoa Idosa modificada pela pandemia. As visitas domiciliares realizadas pelos líderes voluntários às pessoas idosas precisaram ser suspensas e fez se necessário reinventar estratégias para dar continuidade ao acompanhamento dos idosos.
Nesse sentido, Cleide explica que a Coordenação Nacional e as Coordenações Diocesanas e Paroquiais incentivaram os líderes voluntários a continuarem o trabalho por meio de acompanhamentos remotos. “Ao longo desse acompanhamento, a Pastoral identificou a necessidade de desenvolver estratégias que contribuíssem para o bem-estar das pessoas idosas acompanhadas, assim, em conjunto com o Departamento de Nutrição e Saúde da Universidade federal de Viçosa, idealizaram esse projeto proporcionando momentos de boas lembranças, valorização da trajetória de vida e resgate de memórias afetivas culinárias e da cultura alimentar contemplando as cinco macrorregiões do país e dando visibilidade para as diferentes características alimentares presentes no Brasil”, salienta.
O projeto na Diocese
Cleide destaca que a Diocese de Caçador foi muito incentivada pela coordenadora diocesana Rita Maria Pelegrinello Carneiro. Nos municípios e Paróquias onde há a Pastoral da Pessoa Idosa, todos foram intensamente chamados à participação. No total foram enviadas 12 participações, sendo elas das paróquias São Pedro, de Pinheiro Preto; Divino Espírito Santo, de Major Vieira; Cristo Redentor, de Caçador e São Francisco de Assis, de Caçador”, diz a coordenadora paroquial.
Ela enfatiza ainda que todas as coordenadoras paroquiais repassaram à coordenadora diocesana o relato que receberam de suas líderes e que coube a coordenadora diocesana organizar uma comissão de pessoas da comunidade que correspondessem aos critérios estipulados para a análise das mesmas.
“E, na nossa Diocese, o relato e a receita selecionados foram da senhora Ignes Paganelli Ferroni, da Paróquia São Francisco de Assis. Dona Ignes tem 97 anos completados em maio de 2021 e participou com a receita Pasta Frora. Mulher de excelente conversa, magnífica memória e acima de tudo mulher de fé. Esse relato foi encaminhado no final de novembro para a coordenadora estadual e, por sua vez estará concorrendo com oito representantes de cada Diocese de Santa Catarina. A coordenação estadual juntamente com sua comissão enviará para a equipe nacional até três relatos”, destaca Cleide.
“A Diocese de Caçador estará torcendo muito pela Dona Ignes, entendendo que não será somente pelo prêmio, mas, pelo significativo exemplo de vida que essa idosa 54 representa para as gerações futuras”, completa.
Os relatos e registros produzidos serão selecionados por uma comissão nacional e organizados em um livro que homenageará as pessoas idosas, suas famílias e comunidades, pelo viés da cultura alimentar.
Relato das Memórias Culinárias Afetivas de dona Ignes
“Essa receita acompanha minha família desde que minha avó veio da Itália em 1894. Foi passando por todas as gerações e agora minha filha faz. Minha mãe fazia sempre para o lanche da tarde, geralmente aos sábados.
Depois de pronta, ela cortava um pedaço maior e era destinado para o filho que tinha se comportado melhor na semana, na escola e em casa. Os pedaços menores eram para os de comportamento mais ou menos e para o mais arteiro, geralmente o mais novo, que não fazia todas as tarefas e tinha desobedecido, ela fazia suspense e dizia que não ia ganhar.
Mas no final os outros irmãos sempre convenciam a mãe a repartir igual e que todos se comportariam e fariam as tarefas. Sabíamos que minha mãe não o deixaria sem, mas, fazia parte do encerramento da semana e uma forma de sermos sempre obedientes e aplicados na escola”.
Receita da Pasta Frora
250 gramas de farinha de trigo (2 xícaras)
200 gramas de manteiga ou 150g de manteiga e 50 gramas de banha
150 gramas de açúcar (1/2 xícara)
2 ovos (claras em neve)
1 colher de sopa rasa de fermento em pó
Casca de limão à gosto
Modo de fazer
Mistura-se tudo. Untar a forma com manteiga e estender a massa com a mão. A forma deve ter um centímetro de altura. Levar ao forno quente. Depois de assada cortar em quadradinhos.