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21 de setembro de 2020No mês da Bíblia, o ‘Viver a Fé destaca’: “Deuteronômio: O livro da vida como dom de Deus”
O mês da Bíblia começou a ser celebrado em setembro em todo o Brasil e na América Latina a partir de 1985, sempre com um tema e um livro no centro dos estudos. Para aprofundar esses conhecimentos o programa Viver a Fé em tempos de distanciamento social desta semana destacou os objetivos desta celebração, enfatizando a temática: “Deuteronômio: O livro da vida como dom de Deus”. A convidada foi Vera Regina Mazureck, do Serviço de Animação Bíblico-Catequética.
Entre os objetivos desta reflexão mais profunda em que a Igreja se dedica no mês de setembro, Vera destacou a contribuição para diversas formas de presença da Bíblia na ação evangelizadora, além de criar subsídios bíblicos e facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades.
Livro de Deuteronômio
Vera explicou que o livro de Deuteronômio é o quinto livro da Bíblia, integra a Torá, livro sagrado dos Judeus. Composto por 34 capítulos possui duas grandes divisões: os discursos de Moisés e as leis. Termina com a morte de Moisés, antes de entrar na terra prometida, pois é a nova geração nascida durante a caminhada no deserto que deverá tomar posse da terra.
Relação entre Deuteronômio e os evangelhos
Para Vera que é uma estudiosa da Bíblia, lendo os livros dos profetas vamos percebendo a problemática que existia e que gerou este livro. “Importante dizer que o livro do Deuteronômio é um pouso de porta para os outros livros, para a literatura Deuteronomista, que não é apenas um livro, mas uma característica. O livro foi escrito para animar, defender a aliança, inspirados na profecia. A aliança é o fio condutor que indica o caminho a ser seguido e a profecia tem a função de chamar a atenção quando as ações se desviam. O Deuteronômio é o livro mais citado no novo Testamento”, destacou.
Mensagem principal
Apresentando os sete pontos característicos do livro: o perfume do amor; a memória; o serviço; o Êxodo; a comunidade e a aliança, Vera declarou que o livro foi escrito para revelar o amor de Deus. “É um livro que resgata o Deus misericordioso, justo, amoroso. Traz como proposta novas ações sociais e pede uma sociedade solidária”, acrescentou.
Leitura orante e em grupo
Para Vera um dos melhores métodos para uma leitura inspiradora e proveitosa é a leitura orante, se possível em conjunto. “Penso que seguir os passos: o reconhecimento do texto, a meditação, a oração e a contemplação, ajudam muito a nos nutrirmos da mensagem. A leitura do Bíblia em conjunto também contribui para o melhor entendimento do texto. Olhar para a contextualização para que a conversa que fazemos ao redor da Palavra leve à conversão”, disse.
Formação Bíblica e a Palavra de Deus como luz
Vera falou também sobre o Programa de Formação Bíblica, disponibilizado pela Diocese de Caçador. Segundo ela, os encontros foram pensados a partir do Jesus histórico, olhando os momentos e a prática de Cristo. Neste sentido, foram estudados vários aspectos da vida de Jesus, desde Jesus com a sua Família, até Jesus com seus adversários, mostrando como Ele agia e como podemos nos espelhar em suas atitudes.
“Olhar para a forma de Jesus encarar as situações nos ajuda, nos ilumina. Precisamos também buscar a luz, porque se não ascendermos uma lâmpada, ou não riscarmos um palito de fósforo e ascendermos a vela, ela não vai se ascender sozinha. Precisamos da intimidade com o Senhor, olhar para a prática de Jesus, a forma como ele agia. Quantas vezes lermos um texto, ele sempre terá uma nova luz. Assim é a Palavra de Deus, ela nos traz a resposta para aquele momento que estamos vivendo”, concluiu.
Assista a entrevista completa:
https://www.facebook.com/diocesedecacador/videos/654412438547739/?v=654412438547739