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O Programa Viver a Fé em tempos de distanciamento social desta semana, tratou de um assunto muito importante, a Família e sua relação com Deus e com a Igreja.
Com o tema “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”, mesma temática refletida durante a Semana Nacional da Família, na segunda semana de agosto, o padre Valmor de Deus, referencial eclesiástico da Pastoral Familiar na Diocese de Caçador, falou sobre a importância da família, da fé, da caridade e também salientou o trabalho desenvolvido pela Pastoral Familiar na Diocese de Caçador.
Sagrada Família, exemplo de fé em Deus
Para o padre, é muito importante ter a imagem da Sagrada Família como modelo para nossas famílias. “Quando olhamos a história da Sagrada Família de Nazaré, vemos que as tribulações foram superadas justamente por esse vínculo com Deus. Devemos nos inspirar nela para ter essa relação de fé com Deus. Sabemos da importância para as famílias quando colocam Deus em primeiro lugar e estendem essa experiência de fé para ser vivida na comunidade Porém, na agitação da vida às vezes as pessoas vão perdendo esse espaço. Neste sentido, não podemos deixar as famílias se fecharem”, disse.
Igreja fonte de fé e estímulo de compaixão
O padre destacou que a Igreja, além de estar sempre presente como fonte de fé, tem papel muito importante de estar a serviço das famílias, dando assistência e ajudando principalmente aquelas que passam por mais necessidades. “A Igreja no mundo tem um trabalho muito importante na Assistencial Social, em lugares onde ninguém chega. Conforme muitos relatórios, é a instituição que mais ajuda no mundo, aos povos em situação de marginalidade de pobreza ou de calamidade”, afirmou.
Segundo ele, a campanha da Fraternidade deste ano com o tema: ‘Viu, sentiu compaixão e cuidou dele’ reflete bem esse tema. “Não faz sentido a Igreja viver só de oração, tem que ter a ação, a caridade, porque este é o testemunho do cristão. Expressar nossa fé no amor ao próximo”, declarou.
Semana Nacional da Família
Padre Valmor explicou que há muitos anos a Igreja instituiu, na segunda semana de agosto, a Semana Nacional da Família. “É uma forma que a Igreja tem de celebrar durante uma semana ações que envolvem toda a família”, comentou.
Segundo ele, a Comissão Episcopal Pastoral para avida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disponibiliza todo ano, o subsídio “Hora da Família”, que pode ser usado pelas famílias para celebrações em suas casas, não somente da Semana da Família, mas, também em outros momentos.
Ele ainda enfatizou a importância da Pastoral Familiar na missão de articular, organizar e motivar as paróquias e as comunidades para a realização da Semana da Família. “A Semana Nacional da Família é um trabalho maravilhoso desenvolvido pela Pastoral Familiar, mas, é também um trabalho de toda a Igreja, de todas as pastorais, movimentos, das famílias, das comunidades, para que a ação seja mais efetiva e possa atingir mais pessoas”, disse.
“Eu e minha família serviremos ao Senhor”
Para o padre, o tema escolhido para a celebração da Semana da Família neste ano “Eu e minha família serviremos ao Senhor” (Josué 24, 15), se encaixa no momento que estamos vivendo de pandemia, onde vivemos a experiência da Igreja Doméstica, resgatando alguns costumes da oração em família, que há muito tempo tinha se perdido. “Muito oportuno e ajudou as famílias a pensarem se querem mesmo servir ao Senhor de verdade, com todo o coração”, enfatizou lembrando o testemunho de Josué e sua família que tomaram essa decisão de servir ao Senhor.
Celebrações e desafios
Conforme o padre, todas as paróquias procuraram celebrar a Semana Nacional da Família dentro do limite do que podiam fazer neste momento de distanciamento social. “Nós motivamos as paróquias, as comunidades. Acredito que com a experiência das lives, muitas famílias puderam acompanhar os temas debatidos pelos especialistas. Essa foi uma forma que a Pastoral Familiar encontrou de poder celebrar a Semana da Família de maneira segura”, destacou.
Para ele, um dos desafios para dar continuidade às ações da Semana da Família é colocar como prioridade a implantação da Pastoral Familiar em todas as paróquias.
Preparação de noivos com método por acolhimento
Com relação ao trabalho e aos tipos de atendimento compreendidos pela Pastoral Familiar, o padre explicou que são três setores: pré-matrimonial, pós-matrimonial e casos especiais.
Uma das ações que vem se consolidando na Diocese de Caçador é a preparação dos noivos por um método por acolhimento. “Há muito tempo vem se discutindo, como fazer uma preparação adequada, bem feita para o casamento. Dentro de tantas experiências que foram acontecendo surgiu essa proposta do método por acolhimento, que tem acontecido por todo o Brasil. A Diocese de Caçador colocou como desafio, a partir desse ano que todas as paróquias tivessem esse método, mas infelizmente veio a pandemia e o desafio ficou para o ano que vem”, comentou.
Para o padre, é dever da Igreja preparar bem para o casamento, por isso a importância desses encontros. “São 10 encontros realizados pelos agentes da pastoral familiar, em grupos pequenos, como se fosse um grupo de reflexão com dois ou três casais. Algumas paróquias já desenvolvem esse método há um ou dois anos e percebemos que onde há essa preparação o resultado é muito positivo. Inclusive devido à pandemia estamos fazendo algumas preparações online, porque não podemos deixar de atender os casais que nos procuram”, salientou.
Faça parte da Pastoral Familiar!
O padre ainda fez o convite para quem estiver disposto, fazer parte da Pastoral Familiar. “Temos paróquias onde jovens participam, viúvos, casais, casais de segunda união. A pastoral familiar tem essa abertura, porque quer justamente acolher. O critério é ter boa vontade”.
Perspectivas
“Tínhamos muitas coisas planejadas para este ano, mas que infelizmente não puderam ser realizadas. O desafio é não perder a confiança, a esperança, o ânimo, a motivação e a alegria de trabalhar para fazer as coisas acontecerem”.