Nos dias 18 e 19 de agosto de 2023, as coordenações da ação evangelizadora do Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estiveram reunidas, em Criciúma/SC, para a 55ª Assembleia Regional de Pastoral (ARP). Estavam presentes: bispos, coordenadores diocesanos de pastoral, ecônomos diocesanos, coordenações das pastorais, liturgistas das dioceses, movimentos, serviços e organismos em nível estadual.

O tema central de estudo foi sobre: A instrução Geral do Missal Romano a Luz da Carta Desiderio Desideravi do Papa Francisco, em sintonia com as diretrizes da Ação Evangelizadora de Santa Catarina (2020/2023) – Pilar do Pão: liturgia e Espiritualidade (nº. 152 – 167). A assessoria foi do padre Leonardo José de Souza Pinheiro, presbítero da Arquidiocese de Juiz de Fora e ex-assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB.

Padre Leonardo comenta que a 3ª Edição Típica do Missal Romano “não é um novo missal e sim uma readequação e incorporação as disposições litúrgicas e canônicas desde a sua 2ª edição típica (1975)”. Diz ainda que “o Missal possui fidelidade na tradução: ao latim e à língua portuguesa”.

A tradução brasileira dessa terceira edição do Missal Romano levou 19 anos de trabalho. A jornada começou após a promulgação, em 2002, pelo Papa João Paulo II, da nova edição típica. Desde então, foram anos de intenso trabalho de tradução, revisão e aprovação do conteúdo do Missal, coordenados pela Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel).

O Missal Romano é um dos principais livros litúrgicos da Igreja Católica. Nele, estão as orações e orientações para a celebração das missas. Depois do Evangeliário, que contém os textos do Evangelho, é o livro mais importante nos ritos da Igreja.

“No missal, encontramos a nossa fé expressa em orações, por isso então o Missal Romano, do rito latino da Igreja Católica, contém todas as orações necessárias para a celebração da Missa”, diz padre Leonardo.

A Terceira Edição Típica do Missal Romano foi aprovada pelos bispos na 59ª Assembleia Geral da CNBB e encaminhada ao Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos em dezembro de 2022. A confirmação da Santa Sé foi publicada no dia 17 de março deste ano. No dia 19 de abril, durante a 60ª Assembleia Geral da CNBB, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, a Eucaristia, com Vésperas, foi marcada pelo início do uso de textos da nova tradução brasileira do Missal Romano, aprovada pela Santa Sé.

O uso dos novos textos da 3ª Edição Típica do Missal deverá entrar em uso nas comunidades de todo país no 1º domingo do Advento (27 de novembro) nas celebrações da missa.

Outros temas abordados durante a ARP foram:

1. Retomada da “Construção do Plano de Atividades”, a partir das Diretrizes da Gerais Ação Evangelizadora da Igreja em Santa Catarina 2020-2023 e das Diretrizes da Ação evangelizadora da Igreja em Santa Catarina com a Juventude. Assim como as Diretrizes da Igreja no Brasil 2020-2023, as Diretrizes do Regional foram prorrogadas até 2026, pois devido a pandemia COVID-19 algumas atividades não foram possíveis de serem realizadas. As Diretrizes têm o objetivo de nortear os projetos e ações do Regional Sul 4, das dioceses, das pastorais, serviços, movimentos e organismos do Regional.

2. Padre Alcides Albony do Amaral, coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis, apresentou sobre o “Jubileu 2025 – Peregrinos de Esperança” que tem por objetivo: Favorecer um clima de esperança e confiança. Recuperar o sentido de fraternidade universal, não fecharmos os olhos diante do drama da pobreza generalizada que impede milhões de homens, mulheres, jovens e crianças de viver de maneira digna como seres humanos. Para o Jubileu o Papa Francisco pede que em 2023 seja um ano de Estudo dos Documentos do Concílio Vaticano II e em 2024 o Ano de Oração: As Dioceses são convidadas a promover a centralidade da oração individual e comunitária e como sugestão que sejam feitas “Peregrinações de Oração”. Para 2025 está em fase de elaboração o Site do Jubileu 2025 – ww.iubilaeum2025.va que terá as orientações para celebrar o Jubileu.

3. Live com Dr. Fábio Rech da Costa “Aborto, a ameaça da aprovação da cultura da morte em nosso país”. Ao final da explanação do Dr. Fábio foi lido uma carta que será enviada ao Supremo Tribunal Federal contra a ADPF 442. Após a leitura, foi solicitada correções que serão feitas e encaminhada aos bispos para aprovação final.

4. Celebração de 25 anos da Diocese de Criciúma, que no domingo (20), os fiéis serão esperados no Santuário Sagrado Coração Misericordioso de Jesus, em Içara, para a grande concentração diocesana de celebração do Jubileu de Prata da Diocese.

Segue um breve relato da história da Diocese de Criciúma:
Em 1899, foi inaugurada a primeira igreja sob os trabalhos pastorais do Padre Ludovico Coccolo, na época enviado por Dom José Camargo de Barros, primeiro Bispo da Diocese de Curitiba. A Matriz São José foi inaugurada no dia 17 de setembro de 1917. Em 21 de dezembro de 1950, foi criada a Paróquia São José, por Dom Joaquim Domingos de Oliveira, Bispo da Diocese de Florianópolis, criada em 1908. Com a criação da diocese de Florianópolis, a cidade de Criciúma passou a integrar o território pastoral da capital catarinense até o ano de 1954, quando foi criada e instalada a Diocese de Tubarão. Em 1998, a Diocese de Criciúma foi criada pelo Papa João Paulo II, no dia 27 de maio de 1998, através da bula papal “sollicitus de spirituali bono” (solícito pelo bem espiritual de seus fiéis) e instalada oficialmente no dia 15 de agosto de 1998.

Durante a 55ª Assembleia Regional de Pastoral teve duas Celebrações Eucarísticas presididas, no dia 18, pelo bispo da Diocese de Caçador, dom Cleocir Bonetti e, no dia 19, por dom Odelir José Magri, MCCJ, bispo da Diocese de Chapecó.

Fotos e texto: Jaison Alves da Silva - https://cnbbsul4.org.br/